quinta-feira, abril 17, 2003

Ernani era um fraco.Em sua vida cotidianadesfazia-se do prazer de amar.Talvez por medo, aquilo se tonara sua escravidão. Em seu pequeno apartamento na Gávea, gastava seu tempo entre cigarros, cervejas e boa literatura.
A muito deixara de se envolver, lembrava-se de algos rostos de mulher, alguns sorrisos lascivos e muitas lágrimas. E era por isso, que havia se tornado um cínico (cético). Mas naquela tarde, enauqnto fitava a magnificência do Cristo , por uma janela feita para apenas esta finalidade, percebeu que algo estava prestes a ruir.
Levantou-se do velho sofá de couro preto, apagou o cigarro light e saiu. Já em seu velho carro, não dirigiu até Laranjeiras, onde seu analista o aguardaria para juntos debater e traçar com escárnio o desprezo do homem e os traumas do amor.
Achava o bairro melancólico no abismo entre montanhas e túneis, e rumou a praia. Queria ver o por do sol em Ipanema e desfrutar da brisa do mar. Estacionou o velho possante, pediu uma água de coco e sentiu-se pela primeira vez, completamente só.

(TO BE CONTINUED)