terça-feira, agosto 19, 2003

Nossa ! Que vida mais doida. Hoje fui assistir aula pela primeira vez no novo semestre. Faltei as duas primeiras semanas, e fiz matrícula ontem, isto lutando contra a falta de grana, mas tudo bem. Chego lindíssima, e compenetradíssima para enfim distrair meu intelecto com algo maior, além da filosofia. Para meu assombro e desespero dou de cara com aquela que junto de mim promoveu meu fracasso temporário emocionalmente no meu casamento e aquela por quem eu fui louca e a quem maltratei demais. Por mim, estaria tudo ok, basta respirar fundo se focar no que se tem, no que se quer e seguir em frente. Mas diante das circunstâncias, fui forçada a repensar e a imaginar que era hora de se proteger a quem se ama, de uma vez por todas. Ainda mais que ela não conseguiu relaxar, sossegar e ficou a aula inteira, segundo relatos, a me olhar e a tecer comentários a amigos, ou desconhecidos que eu sinceramente não acho que deveriam estar envolvidos. De qualquer forma, por minha iniciativa e medo de represálias, decidi mudar de turma, e para minha maior supresa, também teria o segundo tempo com ela. Mudei tudo, a grade inteira, por espanto, ou por culpa. Mas no fundo o que ficou foi a frase que me contaram, que entre mostras do que escrevi, você disse: eu achei que não sentisse mais nada, mas me enganei, ainda sou apaixonada por ela. É por essas e outras que eu fugi, não quero mais, não posso mais. Me desculpe realmente. Agora só o tempo para curar, aproximar ou me afastar de novo. Fique em paz. Eu quero minha vida futura de volta.